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Tratamento com mais de uma medicação: como funciona?

Quando você é diagnosticado pela primeira vez com depressão, o médico provavelmente irá prescrever um único medicamento. Isto se chama monoterapia.

Até o momento, os médicos não têm como saber se um tratamento inicial vai ajudar a um determinado paciente ou se ele vai sofrer de sintomas residuais e necessitar de tratamento adicional. Por esta razão, é importante trabalhar em estreita colaboração com o seu médico, para que ele possa detectar e tratar toda a miríade de sintomas da depressão da melhor maneira possível. Isso pode incluir um tipo de terapia de combinação de medicamentos. Como um horizonte relativamente novo no tratamento, alguns médicos estão começando a ver a vantagem de usar uma combinação de medicamentos, incluindo antidepressivos ou outras drogas.

Até recentemente, os psiquiatras costumavam receitar um antidepressivo de determinada classe numa primeira tentativa. Se não houvesse resposta, as opções seriam um aumento de dose ou uma troca de medicação por outra da mesma classe ou de classe diferente. Não se considerava inicialmente uma combinação de medicamentos de classes diferentes.

Um estudo publicado na revista American Journal of Psychiatry concluiu que pacientes que receberam como tratamento inicial terapia combinada apresentaram melhoras significativamente maiores nos sintomas e taxas de remissão em comparação a pacientes que foram tratados com uma única droga.

As principais medicações utilizadas em combinação com antidepressivos mais comuns como a fluoxetina ou o citalopram, são os antidepressivos atípicos (bupropiona, mirtazapina e trazodona), antipsicóticos (como a risperidona ou o aripiprazol), o lítio, o hormônio da tireoide (T3) e os psicoestimulantes (como a ritalina).

As taxas de sucesso do tratamento com monoterapia são tão baixas que muitos médicos e pesquisadores acreditam que a primeira e melhor abordagem para tratar a depressão seja o tratamento combinado. Ainda assim, as diretrizes do American College of Physicians sugerem que os medicamentos só devem ser ajustados depois de terem se passado de seis a oito semanas. Após esse período de teste, se não houver resposta adequada, seu médico pode querer mudar a antidepressivo ou adicionar um medicamento para que a combinação ajude na recuperação, que é o objetivo final do tratamento

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